Arquivo do mês: maio 2011

Nijinski entra novamente em Cartaz em Floripa

Nijinski – para dentro do coração de Deus

Mais uma vez a Escadaria do Rosário, no Centro de Florianópolis, vira cenário para o espetáculo “Nijinski- para dentro do coração de Deus”. O espetáculo apresenta na rua, um momento trágico da vida do bailarino, que, após uma brilhante carreira na dança do início do século XX, sofreu uma crise nervosa e foi internado no sanatório de Bellevue, na Suíça, sendo a sua chegada ao sanatório o momento retratado no espetáculo.

O bailarino dança nas escadarias, ruas e faixadas dos prédios e relata, em tom de lembrança e delírio, fatos de sua vida turbulenta. O texto da peça foi criado durante o processo criativo, a partir dos escritos deixados por Nijinski em seus diários e pelas situações criadas no espaço urbano utilizado na concepção do espetáculo. O espetáculo busca junto com a dança tratar poeticamente e ficcionalmente da trajetória do bailarino, enfatizando sua história pessoal como propulsora de sua criação e contribuição artística.

Ficha Técnica

Texto e Direção: Ana Luz

Ator/bailarino: André Sarturi

Músico e Compositor: Danilo Valério Konrad Filho

Preparação corporal e coreografia: Duda Schappo

Design gráfico: Diogo Vaz Franco

Serviço:
Onde: Escadaria do Rosário, Centro
Quanto: 26/05 (quinta-feira) às 21h e 28/05 (sábado) às 11h
Gratuito
Atenção: Em caso de chuva na hora do espetáculo, este será cancelado.

Cartaz e fotos em anexo!

Quer saber mais sobre quem foi Vaslav Nijinski?

Vaslav Nijinski (1890-1950) consagrou-se no início do século XX como o bailarino mais audacioso, criativo e transgressor da história do Balé Clássico. Reinventou a forma de dançar, rompendo com os paradigmas e normas já estabelecidos. Por sua técnica apurada foi chamado de “Deus das Sapatilhas”. Sua genialidade despertou paixões e discórdias. Nijinski viveu um caso amoroso com o empresário da Companhia dos Ballets Russos, Sergei Diaghlev, interrompido quando o bailarino apaixonou-se pela bailarina Romola de Pulszkie, com quem se casou. Diaghlev nunca o perdoou e o expulsou da Companhia. Nijinski não suportou o veto que o impedia de exercer seu ofício de bailarino e coreógrafo e sucumbiu à loucura. Foi encaminhado, aos 28 anos de idade, a um sanatório, onde permaneceu até sua morte, aos 60 anos. Nijinski era um artista-deus em busca de compreensão, “Um Criador” por excelência, que não se conteve em ser apenas criatura.